Após economia de R$18,7 mi do TJDFT em teletrabalho, presidente da Amagis-DF diz que voltar ao presencial é retrocesso

O desembargador Sebastião Coelho da Silva, presidente da Associação dos Magistrados do Distrito Federal e dos Territórios (Amagis-DF), afirmou que a volta ao trabalho presencial nos tribunais brasileiros será um retrocesso. Em entrevista à AMB, o magistrado comentou nesta terça-feira (12) sobre a economia de R$18,7 milhões que o regime de trabalho remoto rendeu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em 2020.

“Não só por economia, mas também por produtividade, o teletrabalho é essencial. Voltar ao presencial no Poder Judiciário será um grande retrocesso. As cortes deverão elaborar estratégias para atender os casos específicos, como os tribunais de júri e as audiências, que exigem uma atividade presencial”, disse.

O magistrado pontuou que a economia das Cortes vai além das contas de água, de luz e de impressão, uma vez que também abarca o tempo de deslocamento dos servidores até os tribunais e não causa desgaste físico ou emocional.

Segundo Coelho da Silva, o tribunal do Distrito Federal pretende ampliar as atividades a distância no período pós-pandemia. “Em 2 meses a administração da Justiça Brasileira avançou seguramente uns 10 anos. O tribunal está mudando o sistema de tecnologia e a administração da corte tem trabalhado para aprimorar cada vez mais os métodos de trabalho”, afirmou.

#JustiçaNãoPara

A produtividade do Judiciário brasileiro não diminuiu mesmo com a pandemia de Covid-19. O sistema de Justiça se reinventou e os magistrados mantiveram índices elevados de produção. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desde o início da pandemia até o dia 17 de dezembro o total de movimentos processuais realizados chega a 695,5 milhões. Foram feitas 21,5 milhões de sentenças e acórdãos e 32,5 milhões de decisões.

 

Fonte: Ascom AMB

 13 01 2021

Postado em Notícias
Imprimir